Desde que foi implementada, a placa Mercosul vem sendo alvo de polêmicas. Afinal, o que muda com essa nova regulamentação? Muita gente ainda não sabe, mas desde o dia 31 de janeiro de 2020 ela passou a ser obrigatória em todo o território nacional.
Como o próprio nome diz, ela é uma placa de identificação igual a utilizada em outros países do bloco econômico. Além do Brasil, esse padrão já é utilizado no Uruguai e na Argentina, por exemplo. A única diferença entre elas é a nacionalidade, que serve para informar o país de origem.
Afinal, a partir de agora será que todos os veículos serão obrigados a se adequar às mudanças? Por mais que isso pareça ser uma pergunta óbvia, muita gente ainda tem dúvidas quando o assunto é a nova padronização da placa no Brasil. Se você é uma dessas pessoas, fique tranquilo que aqui vamos te explicar tudo.
Antes de tudo, a primeira coisa que precisa entender é que, apesar das mudanças, não é preciso sair correndo para trocar a placa do seu veículo. A obrigatoriedade será exigida apenas em alguns casos. Saiba quais são eles logo abaixo.
Quem deverá se adequar às mudanças?
Como já explicamos, essa nova padronização será exigida apenas em alguns casos. O primeiro deles será para os novos emplacamentos. Veículos novos, saídos das concessionárias, deverão estar atendendo as novas normas.
Além deles, veículos em circulação também vão precisar trocar a placa em algumas situações:
- Mudança: caso esteja indo morar em outra cidade ou estado, será necessário fazer a transferência entre as unidades do DETRAN. Se você se enquadra nesse perfil, a placa deverá ser alterada no novo local de residência e atendendo essas novas especificações.
- Danos: se a placa do seu veículo foi danificada, ou seja, quebrou ou está em condições precárias por conta de mau uso ou deteriorada, saiba que a troca pelo novo padrão será exigida. Isso valerá também se o lacre da antiga se romper.
- Furto: se no seu caso a placa foi furtada, mesmo com a apresentação do boletim de ocorrência, a mudança para o novo modelo será necessário.
- Nova categoria: Se você tem um táxi e deseja transformar ele em transporte particular, ou se o seu veículo pessoal será utilizado para serviço de aluguel, oficial, escolar, ou qualquer outra natureza, será obrigatório se adaptar a nova padronização.
No entanto, mesmo que não se enquadre em nenhuma das condições citadas acima, mas mesmo assim, deseje alterar a sua placa, saiba que você poderá fazer. A legislação não impõe restrições e permite a troca voluntária.
Como fazer a mudança?
No caso de troca voluntária, o proprietário do veículo deverá pesquisar no DETRAN da sua cidade quais são as empresas cadastradas. Apesar de não precisar da aprovação do órgão, o proprietário deverá atender algumas exigências.
Isso é necessário para garantir que a identificação irá atender o padrão e as especificações exigidas pelo governo.
Para o primeiro emplacamento, o procedimento será o seguinte: dirigir-se ao DETRAN, solicitar a abertura do serviço, apresentar a nota fiscal com chassi do veículo, emitir o IPVA, providenciar a confecção da placa (empresa cadastrada), efetuar os devidos pagamentos de taxas e cobranças, retornar a Central de Atendimento do DETRAN para concluir o serviço, obter o CRV e o CRLV, proceder para o emplacamento.
Nas outras categorias, a burocracia irá variar conforme o perfil a qual se encontra.
Quanto custa a nova placa?
Quando falamos de valores, infelizmente não existe um preço padrão. O custo pode variar de estado para estado, e até mesmo no próprio município. Por isso, antes de fechar o negócio com uma estampadora credenciada, faça uma pesquisa para saber qual oferece as melhores condições para você.
Em algumas cidades, o valor cobrado fica, em média, similar ao modelo antigo. No Estado de São Paulo, por exemplo, o preço do teto é de R$138,24. No Acre, esse valor sobe para R$250. Um levantamento mostra que o Amapá foi um dos mais caros, onde a cobrança gira em torno dos R$500.
Padrão
O modelo antigo era composto por sete dígitos, sendo três letras e quatro números, distinguidos apenas pelas cores, conforme o tipo de veículo (cinza para os veículos particulares).
Já a nova placa traz algumas mudanças, entre elas, a novidade é a substituição de um número por mais uma letra. Essa alteração permite o dobro de combinações já existentes (mais de 450 milhões).
A nova identificação fica sendo três letras, um número, outra letra e mais dois números (exemplo: RRR 2C34). Além disso, o visual está completamente repaginado. O nome da cidade e sigla do estado no topo não existe mais e, no lugar, tem uma faixa azul com nome e bandeira do país (os primeiros modelos da Mercosul ainda vinham com a bandeira do estado e município).
O fundo da placa é branco e as cores das letras e números variam conforme o tipo de veículo. Saiba identificar:
– Preto: veículos particulares.
– Vermelho: táxis, veículos comerciais e autoescola.
– Verde: teste.
– Azul: oficiais.
– Dourado: diplomáticos.
– Prateado: colecionadores.
Caso o seu veículo seja antigo e precise mudar a placa, saiba que o segundo número será substituído por uma letra. O zero será substituído pelo A, o 1 pelo B, o 2 pelo C, o 3 pelo D, o 4 pelo E, o 5 pelo F, o 6 pelo G, o 7 pelo H, o 8 pelo I e o 9 pelo J.
Segurança
Com a alteração das bandeiras das cidades e estados, as placas agora possuem um QR Code, que serve para identificar a origem do veículo. Esse código pode ser lido através de qualquer smartphone, por meio da câmera.
Essa identificação fornece dados sobre o automóvel, permitindo até que o mesmo seja rastreado. Para ter acesso as informações, é preciso fazer um cadastro no cadastro no site do Departamento Nacional de Trânsito.
Apesar de haver controvérsias sobre a segurança, o governo garante que não há riscos. O QR Code permite que as autoridades obtenham informações em tempo real sobre a situação do veículo, tais como se ele foi clonado.
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