Ter dívidas nem sempre é algo negativo.
O parcelamento tem a finalidade de possibilitar a aquisição de um bem que não caiba em seu orçamento á vista. A concessão de crédito tem função social, pois permite que muitas pessoas consigam através dela comprar imóveis, automóveis, eletrodomésticos, consigam empréstimos para custear gastos inesperados com saúde ou até mesmo para fazer viagem de férias.
Por esse ponto de vista não existe problema algum em estar endividado. O problema é quando se perde o controle financeiro e essas dívidas de tornam débitos. É quando a pessoa passa de endividado para inadimplente.
Ser inadimplente significa estar em atraso com seus compromissos assumidos. É quando você atrasa o pagamento das suas dívidas por qualquer motivo que seja. Veja alguns exemplos motivos que levam á inadimplência:
– Consumismo: por causa da facilidade do crédito, a pessoa acaba comprando mais do que pode pagar.
– Aumento com gastos essenciais que fujam do previsto em seu orçamento: quando sobe contas de água, luz, gás, telefone, aluguel e etc.
– Desemprego: perder o emprego e não ter uma reserva guardada para cobrir dívidas.
Contudo, as dívidas que mais levam os consumidores á inadimplência são as dívidas com juros mais alto, como cheques especiais, empréstimos e cartões de crédito. Isso por que uma vez que essa dívida entre em atraso, fica mais difícil de quitá-la. Os juros criam um efeito bola de neve que exige um esforço maior da parte do devedor em liquidar o débito.
Mas o que fazer para não cair na inadimplência? A resposta é: Não gaste mais do que ganha, tenha um bom planejamento de seus gastos e controle total de seu orçamento. É preciso ter sempre bem administrado seus gastos antes de adquirir uma nova dívida. Gerencie seus ganhos e seus gastos, procurando nunca comprometer mais de 30% de sua renda líquida com prestações.
Quanto mais a pessoa está endividada, maiores são as chances de que ela se torne inadimplente. Porém ela só será considerada inadimplente após seu nome ser negativado nos órgãos de proteção ao crédito. Para isso, as empresas geralmente aguardam 90 dias após a data de vencimento da dívida. Antes disso, o devedor pode considerar-se apenas um endividado em atraso. Esse prazo de 90 dias é o mais indicado para tentar pagar os débitos existentes ou renegociar a dívida com o credor, pois enquanto ela ainda não foi registrada nos órgãos de proteção ao crédito a burocracia será menor e os juros também.
Outra dica importante é a de não renegociar todas as dívidas de uma vez. O acumulo de novas parcelas não contribui em nada na quitação dos débitos. Negocie suas dívidas em atraso uma a uma. Se conseguir economizar uma grana a mais, pague duas ou mais parcelas da dívida negociada para quitá-la o mais rápido possível.
Lembre-se sempre de se organizar e tentar cortar sempre os gastos mais supérfluos em pról dos necessários. Esse é o melhor caminho para sair da inadimplência.